Queria que a primeira newsletter do ano fosse especial ou sobre algo relevante. Desisti disso, porque um dos assuntos que eu queria abordar vai exigir uma certa pesquisa e ainda não me organizei muito bem para isso. Uma amiga me sugeriu então falar justamente sobre essa falta de assunto.
Pensei que seria clichê, que estaria me repetindo, ou (re)começando em um tom negativo. Gosto muito deste espaço, desejo continuar a cultivá-lo. Assim, percebi que não me faltam ideias. Tanto aqui quanto para os livros que quero escrever. Estou apenas pisando no freio em algumas coisas.
Nos últimos três anos, publiquei três livros. É muita loucura para alguém que se considera uma escritora “lenta”. Contando apenas os de romance, pois tem dois de poesia jogados no mundo aí também.
Não sou nenhum Stephen King; nem na quantidade de produção, muito menos uma autora best-seller. Um dos meus livros é uma noveleta, cada um dos outros dois pode ser lido em um fim de semana se você estiver com tempo livre. Talvez um dia eu aprenda a escrever um calhamaço, quem sabe? De toda forma, sigo na esperança, e na batalha, de mais gente ler minhas histórias.
Refletir sobre isso me fez perceber que os passos de formiga estão, sim, levando esta escritora que vos fala a algum lugar. Seja lá qual for. Claro que a insegurança bate às vezes e me sinto um fracasso, afinal, a comparação é uma morte. Mesmo assim, persisto.
“os horrores persistem, mas eu também”
No ano passado, repensei várias coisas sobre a minha vida e, entre elas, abracei a ideia de escrever devagar. Sigo regando aquele livro da Floresta, podando suas folhas, sem essa pressa toda de publicar. Na verdade, decidi que se eu lançar algo em 2025, vão ser só contos para me divertir.
Sinto que a minha criatividade precisa desse respiro. Quero ter orgulho das coisas que faço, largar o título de “produtor de conteúdo” e retornar a minha raiz de artista.
Vou conversar sobre as histórias que gosto, buscar inspiração em novos lugares, treinar meu olhar para encontrar aquilo que me maravilha. Escrever, o tanto quanto puder, no ritmo que mais me agradar.
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Posso desacelerar, mas não pretendo sumir, viu? Temos mais um ano pela frente, estou muito feliz por vocês continuarem me acompanhando.
Seguimos juntos nesta aventura, até a próxima!