
Cada livro tem uma história, além da que ele conta em suas páginas, e a do Rainha de Dois Reinos tem algumas voltas. Tudo começou em 2018, eu tinha me formado há pouco tempo na faculdade, perdendo-me naquele limbo entre etapas de vida.
Foi uma fase bem solitária, mas importante, pois percebi que uma coisa percorria a minha existência: a literatura. Fosse lendo ou escrevendo. Inclusive, eu só me formei em Comunicação para tentar ser roteirista.
É claro que outras habilidades se tornaram úteis e estou em mais uma encruzilhada ao estudar programação, outro passatempo resgatado da adolescência. Contudo, meu amor por histórias permanece. Ouso dizer que escrever, inclusive, é uma das poucas coisas que faço muito bem. Dá algum sentido para mim, não que a gente tenha que se justificar por existir.
Foi em 2018 que comecei a levar minha escrita mais a sério, como algo que eu desejava trazer para o mundo, também foi o ano em que li As Brumas de Avalon. Devorei os quatro livros de uma vez na minha edição de volume único. Fiquei fascinada com as Sacerdotisas, as profecias, aquela versão de Morgana e do rei Arthur.
Disso nasceu uma inquietação que ganhou forma em uma cena: o casamento de Beatrice e Hector. A trama mudou muito, mas muito mesmo, desde aquela primeira versão. Entretanto, uma parte permaneceu praticamente inalterada:

Em um gesto de compaixão despercebida, Hector segurou as suas mãos.
O destino estava selado.
Eles eram rei e rainha.
Apesar de falar de profecias, essa é uma história sobre escolhas. Beatrice precisa escolher entre a luz e as sombras que a habitam. Ela é minha Morgana, cheia de orgulho e ambição, que ama a ponto de se perder, mas se esforça como pode para tornar o mundo um lugar melhor.
Gosto da contradição na qual Beatrice veio de um berço de ouro que também lhe serve como gaiola, mesmo que ela só perceba isso ao amadurecer com os contratempos em seu caminho.
Enquanto isso, Hector se apresentou como meu herói nobre, uma versão honesta até demais do rei Arthur. Não sei se um dia vou escrever algum outro mocinho tão bom quanto ele.
Queria escrever um interesse romântico que entende como é muito mais difícil trabalhar para construir algo bom do que destruir o mundo para ter o que quer. É claro que Hector aprende algumas coisas importantes também em sua jornada, mas isso deixo de surpresa para quem for ler o livro.
Apenas acrescento isso, uma vez vi a frase: “um herói sacrificaria você pelo mundo. Um vilão sacrificaria o mundo por você”, e fiquei muito revoltada. A Rainha de Dois Reinos rebate isso em cerca de 45 mil palavras.

O livro já está no mundo, e você pode encontrá-lo aqui 💜
Muito em breve vai ter a versão em e-book também para vocês, aviso assim que estiver disponível.
Fiquem de olho no meu perfil do IG e da Editora Transversal, pois vamos fazer uma live para comemorar o lançamento!
Por hoje é só
Como sempre, agradeço a todo mundo nessa jornada comigo.
Até a próxima!